sábado, 29 de dezembro de 2012

Um pouco da história dos nossos imigrantes italianos

Os italianos estavam em um período de muita pobreza, uma época de muitas transformações sócio econômicas. As terras estavam se concentrando nas mão de poucos, e os pequenos proprietários não conseguiam mais tirar de sua propriedade o seu sutento. O governo lhes emprestava dinheiro mas cobrava tasxas tão altas que a maioria deles acabava perdendo o seu único bem.
Diante dessa situação eles foram atraídos por promessas de uma vida melhor junto aos seus em um país enorme do outro lado do mundo chamado Brasil e alguns agenciadores prometiam uma vida de muita riqueza e facilidades no paraíso tropical. A maioria deles, cerca de 25 milhões colocaram em uma pequena mala e alguns sacos, suas poucas roupas, alguns poucos objetos, umas mudas de uva, seus sonhos e sua preciosa família e embarcaram para uma viagem sem nenhum conforto amontoados na terceira classe de um navio, na esperança de que ao menos metade do que lhes foi prometido fosse verdade.
Apesar da dor de deixar seu país, suas terras e suas origens, a maioria deles ansiava por voltar e encontrar dias melhores. A maioria não voltou, alguns poucos ficaram ricos, outros morreram na pobreza ou por alguns dos “bugres” como eram chamados os habitantes das matas, que os italianos tiveram que desbravar até conseguir seu pedaço de terra tão sonhado.
A imigração italiana começou em 1870 e teve o seu ápice a partir de 1880 com a grande propaganda de muitas facilidades. Hoje nossos italianos nascidos no Brasil estão fazendo o caminho inverso dos seus avós, indo até o país de onde vieram os seus, e através da conquista da “cidadania italiana” buscam resgatar um pouco da sua história e alegrar os seus, que tanto lutaram para viver com um pouco mais de dignidade. Abaixo um texto conhecido de um italiano desconhecido que ilustra a revolta por terem sido assim ignorados pelos seus próprios governantes:

“Que entendeis por uma Nação, Senhor Ministro? É a massa dos infelizes? Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos pão branco. Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho. Criamos animais, mas não comemos a carne. Apesar disso, vós nos aconselhais a não abandonarmos a nossa Pátria? Mas é uma Pátria a terra onde não se consegue viver do próprio trabalho?”
— Fala anônima de um italiano para o Ministro de Estado da Itália.[5] Séc. XIX

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