sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Verão 2012 foi o segundo mais quente desde 1800


ROMA, 5 SET (ANSA) - Para a Itália este foi o segundo verão mais quente desde 1800, com uma anomalia de +2.32 graus acima da média do período de referência 1971-2000. O mais quente, de acordo com o CNR (Conselho Nacional de Pesquisas), foi o verão de 2003 (+3.72 graus em relação à média).
Os três meses do verão italiano registraram anormalidades termométricas muito relevantes: +2.57 em junho (o 3º mais quente), +1.94 em julho (6º mais quente) e +2.45 para agosto (3º mais quente). Anomalias estas muito modestas se comparadas ao excepcional 2003: 4.80 para junho, 2,53 para julho e 3,84 para agosto, todos os três em primeiro lugar no ranking dos seus meses respectivos. Em 2003, o mês de maio também foi o mais quente (+2.71) desde 1800.
O verão de 2012 também apresentou anomalias importantes, só que negativas, quanto ao índice pluviométrico. A Itália fechou com um déficit de 48% em relação à média, posicionando-se no 11º lugar do ranking do verão mais seco dos últimos 200 anos. Isso agravou um período de escassez de água que já dura há meses principalmente para o norte de Itália, onde o déficit de precipitação desde o início do ano é 33% maior do que a média do período de referência, o segundo por estiagem dos últimos 70 anos, depois do de 2003 (naquele ano, nos primeiros oito meses, o déficit foi de -47%).

Este quadro poderá ser lembrado como 'ameno', de acordo com estudo da Agência Europeia do Meio Ambiente: novo mapa indica que nas cidades italianas e, em geral nas do sul da Europa, até o fim do século haverá pelo menos 50 dias por ano de calor extremo.
O mapa, baseado em dados do relatório "Adaptação urbana às alterações climáticas na Europa" da mesma agência, analisa 500 cidades em todo o continente, tendo em conta também a porcentagem de áreas verdes sobre a área total, o que é essencial para limitar o chamado "efeito de ilha de calor", ou seja, o aumento da temperatura devido ao calor acumulado no concreto.
Para toda a Itália, o sul da França e Espanha, Sérvia e parte da Turquia, os peritos calcularam que entre 2071 e 2100 por pelo menos 50 dias por ano a temperatura superará os 35 graus durante o dia e os 20 durante a noite.
"O mapa mostra claramente que os espaços verdes urbanos podem aliviar as ondas de calor, escrevem os especialistas da agência, e que, ao contrário, a densidade populacional muito elevada acentua o efeito 'ilha de calor'. Estas informações dão uma ideia sucinta dos problemas de adaptação das cidades". (ANSA)

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